Curta intermissão sobre pseudo-paranóia

Da próxima vez que me aparecer alguém falando como o homem nunca realmente pisou na Lua ou sobre sua “magnífica descoberta” de que um judeu zumbi cósmico Jesus era casado (caralho, demorou tanto assim pra ler aquela merda de Código Da Vinci?) eu juro que vou dar um sopapo pra ver se ponho a cabeça da criatura no lugar.

Só pra ser bem claro, NÃO, você NÃO está sendo constantemente observado pelo governo, NÃO é extremamente provável que a urna eletrônica seja usada para espiar em quem cada um votou, os matadouros NÃO cortam os bois ainda vivos, a maçonaria NÃO é culpada por cada mínima coisa errada que acontece neste mundo, o governo estadunidense NÃO tem metade do poder que você supõe que ele tem, e os Illuminati NÃO estão roubando sua correspondência. Claro, o mundo é um lugar de merda, cheio de gente mais de merda ainda, mas nem tudo é parte de um grande esquema para tentar dominar o mundo qualquer bosta que sua cabeça subdesenvolvida que ainda tem de sair do ensino médio imagina.

Francamente, eu sou de esquerda e não morro de amor pelo modo como este e tantos outros países andam ultimamente, mas eu prefiro usar meu cérebro do que esse reacionismo cego e burro que muita gente aparentemente acha que as faz parecer mais inteligente. Resumindo: esse negócio de teoria da conspiração era bonitinho quando você tinha 14 anos. Depois dos 17, começa a ficar realmente patético.

 

 

P.S: As minhas opiniões de forma alguma refletem a opinião geral do Pudim De Ameixa acerca desse ou outro assunto. Cada redator é responsável individualmente pelo que ele próprio escreve ou deixa de escrever. Adicionalmente, se você se sentiu pessoalmente ofendido por esse post, considere que ele foi direcionado especialmente a você, e você é um floquinho de neve muito especial.


Construtivo

E após…sei lá, muito tempo, MUITO tempo mesmo, decido retornar a esse antro de vadiagem belo blog e mostrar que, hey, eu ainda existo!

Ok, sendo completamente honesto, eu acabo de ter o que chamo de um ataque de construtividade, o que consiste, basicamente, em uma necessidade de fazer algo construtivo o mais rápido possível antes que esse impulso desapareça. Isso é provavelmente causado pelo enorme tempo que desperdicei jogando World of Warcraft, vendo vídeos e lendo blogs pela internet vendo fotos de gatos fazendo coisas estúpidas. Isso nos leva a o assunto da noite: construtivo.

O que, exatamente, é ser construtivo? Parece uma pergunta óbvia, mas eu aposto meus suados pokedollars que se eu perguntar isso a trinta pessoas, terei, pelo menos, dez respostas diferentes. Vamos dar uma olhada no que nosso caro dicionário tem a dizer?

Construtivo: adj. Apto, próprio para construir, para criar: espírito construtivo.

Isso com certeza nos põe em uma direção, mas não contribui muito para uma definição abstrata sem mais alguma discussão. Conheço pessoas, que não serão nomeadas, cuja opinião é que você está sendo construtivo quando está trabalhando ou estudando, ponto. Sinceramente, escarro nessa definição. Levando em consideração que esse estudo mencionado tem em mente formação profissional, esta definição atribui valor exclusivamente à produção de bens materiais e geração de capital. Se fosse essa a lógica mais adequada, nossa sociedade seria um deserto cultural absolutamente estéril. Se a definição de construtividade por si nos leva a esses becos sem saída, uma boa abordagem é definir o que fazemos que não é construtivo. Não posso falar pelos outros, então vamos usar o exemplos que já dei em minha curta apresentação. O que as três coisas têm em comum? Simples, elas não acrescentam nada à vida de ninguém. Claro, elas somam alguns números em contadores de visitas e talvez façam algumas pessoas ganharem alguns centavos de dólar, mas nada realmente significativo.

Bom, juntando as peças, acho que chego a uma conclusão bastante aceitável. Ser construtivo é, ao meu ver, executar uma atividade que acrescente algo significativo à vida de alguém, seja materialmente, psicologicamente, ou emocionalmente, através de um esforço ativo, consciente e deliberado. Agora falando em português, é trabalhar e estudar? Sim. Mas é pesquisar, ler e ouvir música apenas para absorver informações e conceitos sem grande utilidade prática, mas que te interessam? Sim. É fazer arte? É ser crítico? Claro. É escrever, se exercitar, cozinhar, discutir, debater, pintar, desenhar, observar, fotografar, filmar, analisar ou apenas olhar para o céu e refletir sobre conceitos abstratos? Naturalmente que sim. É fazer sexo? É! É sentar no sofá e jogar uma pérola do videogame clássico para rever o desenvolvimento ou apenas se maravilhar com a nostalgia? Cara, isso é arte, claro que sim. É sentar no sofá e jogar um jogo novo, com um conceito diferente e inovador, ou que simplesmente faz algo velho de uma forma totalmente nova? É claro. É sentar a bunda na cadeira e jogar o mesmo MMORPG ou FPS que você vem jogando há dois meses, e no qual não está mais progredindo de forma alguma? Não. Definitivamente não.


Rock, Muito Rock. Mas eu não faço tanta questão do Rio.

Uma boa noite aos leitores! (é noite no momento em que eu posto isso)

Primeiramente,  peço desculpas pela absurda lacuna sem novos posts. Por minha parte, culpo a falta de tempo livre, a preguiça de escrever, e a protelação. Farei o possível para que não se repita.

Agora vamos ao que interessa. Nesse belo fim de semana que acaba de passar, eu tive o prazer de prestigiar o Rock in Rio. O dia que mais valia a pena para mim, pelo menos. Só havia dois domingos que me agradavam, e como meus fundos são um recurso extremamente escasso, e ao que parece, não renovável, tive que optar por um. Naturalmente, optei pelo dia do Metal. Adoro Evanescence, adoro Guns ‘N Roses, adoro System of a Down e admito que gosto bastante de Pitty, mas Metallica + Slipknot + Coheed and Cambria + Angra com a Tarja de presente, não da pra bater.
Acho pertinente dar uma opinião sobre o festival como um todo, e como estou devendo um post bem razoável para compensar, vou fazer tudo por tópicos.  Claro que não há como expressar exatamente a fodeza do dia como um todo, mas eu vou tentar dar uma idéia para vocês. Desde já aviso que não vou dizer nada sobre os shows do Mantanza, Korzus, Sepultura ou Glória. Os dois primeiros porque eu entrei na cidade do Rock 16h devido a uma filinha marota e falta de planejamento de minha parte. Os outros dois por que eu não fiquei assistindo. Fui dar uma volta e conhecer o lugar, tentar recuperar minha voz.

(Declaro desde já que nenhuma das fotos usadas no post pertence a mim)

A Cidade do Rock

A princípio, achei o lugar todo muito grande. Quando começou a encher e gente, já comecei a achar que poderia ser maior. O evento todo foi muito grande, eu tive preguiça de contar quantos pontos de fast food tinha lá. Eram muitas lojas, muita comida, muita bebida, e os banheiros, ah, os banheiros. Aquele devia ser o maior mictório que eu já vi na minha vida. E ainda assim, filas absurdas. Mesmo com o evento sendo tão grande, ele não foi grande o bastante para acomodar tanta gente confortavelmente. Eu nem sei como estava aquela tal tirolesa, porque a fila era ridícula, não estava disposto a perder shows só pra tentar descer naquela coisa. Sorte minha que levei água e sanduiches, assim só dependi do banheiro do lugar, que aliás, era a única coisa sem fila (Isso se você só quisesse expelir líquidos, se não, boa sorte). A “paisagem” foi uma beleza à parte. Mulheres bonitas para todo lugar que você olhasse. Isso se você gosta de garotas vestidas de preto, cheias de piercings e tatuagens, mas quem gosta disso né? (se você não notou o sarcasmo, se mate por favor)

Angra + Tarja Turunen

O primeiro show que eu vi inteiro no dia. Devo admitir que a perspectiva de ver o Angra tocar com a Tarja foi o segundo maior motivo da minha vontade de ir no Rock in Rio. Gosto muito do Angra, e mais ainda da Tarja. Naturalmente, eu devia gostar mais ainda da mistura né?

Três palavras: Canta Pra Caralho

O show começou uma merda. Pensa uma merda, então, foi pior. Eu não sei quem, e eu não sei como, mas alguém deu uma cagada legal no áudio, porque o som estava ridículo, mal dava para ouvir o vocal, e a música inteira sumia atrás do som da plateia reclamando.   Eu estava torcendo para o problema ser consertado antes da Tarja entrar no palco. Naturalmente, esperanças vãs. Quando todo mundo já estava puto além da conta, e não sei quantas vezes já tínhamos feito coros de “Ô mesa, vai se fuder”, eles resolveram começar Phantom of The Opera, e o som foi consertado. Alívio. Não estragaram a música mais foda. Foi uma pena que essa foi a única música que ouvimos a Tarja cantando, porque depois dessa ela saiu. Mas o show a partir daí foi muito bom. Acho que eles tentaram compensar a merda do começo e jogaram as músicas mais amadas depois da Phantom. Tivemos Rebirth, seguido de Carry On, emendado em Nova Era. Infelizmente, apesar de gritos e pedidos da plateia (eu incluso) eles não tocaram Pegasus Fantasy. Ainda assim, na minha singela opinião, o final compensou o começo. Gostei muito do show deles.

Coheed and Cambria

Tá vendo essa massa de cabelos? Caso você não conheça a banda, esse é o vocalista. O pior é que o cara é bom...

Infelizmente, não há muito o que falar do show deles .Eu fui conhecer a banda não muito antes de viajar para o Rio, e por isso não tenho lá muita base para falar. Mas gostei do show. Foi bem limpo, sem grandes efeitos ou porrada. Foi bom pela música, gosto do estilo deles e da voz do vocalista, mas foi isso, não chegou a ter a emoção dos últimos. Acho que o que mais chamou os olhos no show deles foi o cabelo do Claudio Sanchez.

Motörhead

Foi um show bem interessante, e a voz de “tem um gambá na minha garganta” do Lemmy foi um bom combo-breaker depois das mais finas dos shows anteriores. Foi outro show bem limpo, nada além de ocasionais lança-chamas e conversas com o público (Que passaram sem que eu compreendesse uma palavra sequer. Imagine um carcaju te pedindo direções para o metrô. Tentar entender o que o Lemmy fala fora da música é mais ou menos assim). Não sou lá muito fã de Motörhead, não desgosto mas não gosto especialmente, então sou suspeito para falar. Mas devo dizer que o baterista deles é simplesmente foda.

Cuidado garotas, vocês podem ficar grávidas só de olhar torto para esse cara

Slipknot

Vou definir esse show em uma palavra: Foda. Eu curto Metallica,  eles foram o motivo principal para eu ir no Rock in Rio, mas o show do Slipknot foi MUITO BOM. A música deles já é boa, mas o show é sem noção.

JUMP! JUMP! JUMP! JUMP!

Eles são muito teatrais, fazem do show realmente um espetáculo. Falaram com o público, jogaram fogo, giraram a bateria, e o #0 (ou Starscream, como queira, eu prefiro usar os números) ainda pulou na plateia (eu estava bem perto dessa, mas não o bastante pra estar embaixo). Teve muito grito, muito pulo, quantidades imorais de suor, e umas boas rodas punks. Foi definitivamente o show mais divertido do dia, seu eu já gostava de Slipknot antes, agora que não paro mais de ouvir mesmo!

Metallica

E o ultimo show da noite. Foi o mais longo também, não que isso seja algo ruim. Foi um show muito foda, com MUITO fogo e várias rajadas de fogos de artifício, tocaram muitas das músicas mais amadas e consagradas, e algumas das mais novas também.

Ainda não em acostumei com o Hetfield sem cabelo, mesmo com todos esses anos. Mas o Kirk Hammett parece que não envelhece.

Fico até feliz do Hetfield ter acelerado um pouco em One, Fade to Black e Nothing Else Matters, porque, convenhamos, colocar essas três com o ritmo normal no mesmo show ia deixar muita gente aos prantos (eu incluso). Foram feitas algumas homenagens ao Cliff Burton e o show todo foi muito emocionante, além de bem agitado também. A combinação de Enter the Sandman, Master of Puppets e Seek and Destroy me deu dor de cabeça de tanto headbang, mas devo dizer que valeu a pena. Segundo melhor show da noite, com certeza, e só porque não dá pra bater Slipknot numa apresentação live.


Gotta Catch’em All…

Mais uma vez estamos aqui, nesse recanto obscuro do grande infinito sombrio e hostil que é a internet, procurando algo para fazer. E hoje eu trago um assunto belo e nostálgico, do tipo que acende uma chama de mocidade em nossos corações (ou pelo menos deveria. Se não acende, eu não sei o que você está fazendo aqui). Não, não estou falando de bola de gude, nem de tirar a tampa do dedão jogando bola (é, esse nerd RPGista aqui já jogou futebol um dia, quando o mundo era jovem e colorido eram só as jujubas), nem de jogar BlackJack valendo balinhas de menta (todo mundo já fez isso quando era mais novo né? Espero que sim…). Estou falando, meus amigos, de Pokémon.

Esse meu jeito de viver, quem nunca foi igual?

Estava eu, semana passada, procurando algo de interessante para fazer, quando de repente fui acometido por uma súbita vontade de relembrar o bom e velho Pokémon Fire Red (a 3ª geração me deixou mal acostumado, não consigo mais conviver com a burocracia dos menus e HMs dos 4 primeiros jogos). Estava tudo normal e neutro, até meu Charmander vencer o Squirtle(Maldito seja Blue! Porque sempre escolhe quem tem vantagem contra mim!!??), nesse momento, sinto algo crescendo dentro de mim, aquela sensação que eu não tinha desde que joguei pela primeira vez. Se você já jogou pokémon(e se não jogou, repito, o que raios você está fazendo aqui?) sabe exatamente da sensação que estou falando. É  como andar de bicicleta pela primeira vez, como o primeiro dia de faculdade, como o primeiro strogonoff que sai gostoso, como o primeiro chefe morto na campanha. Você acaba de vencer sua primeira batalha pokémon. Você se sente foda. E quando, anos depois, você resolve jogar novamente, essa sensação volta.

I wanna be the very best, like no one ever was.

Agora, pouco tempo de jogo depois, estou diligentemente treinando meus pokémons, tentando fazer meu Paras ficar forte o bastante para vencer aquela maldita Starmie da Misty, porque o bonitão do Charmeleon não vai aguentar nem meio Water Pulse.  E a coisa só parece que vai melhorar conforme eu avance. Se você entendeu a penúltima frase inteira, e lembrou a sensação do ultimo parágrafo, sugiro que olhe para seu jogo favorito da franquia, seja 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª geração, Red, Gold, Ruby ou Black, seja fita em GBA, DS, ou 3DS(ou mesmo ROM no seu PC, pode deixar que eu guardo segredo), quando foi a ultima vez que você deu atenção a seus pokemons? Se você tem jogado ultimamente, é um bom momento para dar mais uma atenção a eles, se você parou há anos porque está velho demais para isso, reveja seus conceitos, você pode se surpreender. Agora, se me dão licença, meu Paras me aguarda, e como diria o rival que todos adoramos odiar, te cheiro depois.

Tatoe hi no naka Mizu no naka Kusa no naka Mori no naka Tsuchi no naka Kumo no naka Ano ko no sukaato no naka (Kya~!) (É, a abertura em japonês também)

 

 


Bloqueio criativo

E chega mais um a esse belo blog ressurgido das cinzas do esquecimento.

Tecnicamente, esse deveria ter sido o segundo ou terceiro post do blog, mas eu sofri de um terrível bloqueio criativo, que me impediu de escrever qualquer coisa mais longa que instruções para uma dungeon meia boca no calor da batalha (rato de world of warcraft aqui), e por isso eu adiei e adiei meu post. O bloqueio não passou ainda, mas eu cheguei num ponto em que chutei o balde e resolvi fazer uma das coisas mais clichês do mundo: escrever sobre a falta de ideias sobre as quais escrever.

É, mais clichê até que isso daí.

Se você escreve qualquer coisa relativamente longa e de autoria própria com alguma freqüência, já deve ter tido um bloqueio criativo. Se não teve, vá se sodomizar com uma barra de ferro parabéns, você foi muito feliz até agora, mas com certeza vai ter um mais tarde. Todo pseudoescritor vai, em algum ponto de sua vida, ter que enfrentar uma seca de ideias.

Esse aí não precisa se preocupar com bloqueio criativo. Vida fácil, né?

Infelizmente, esse “em algum ponto” é um eufemismo, o correto seria em diversos pontos, em muitos pontos, em pontos o bastante para você achar que era melhor ter aprendido a jogar futebol que a ser criativo. Não querendo atrair ódio desnecessário. Eu só odeio esse esporte mesmo. Hate the game, don’t hate the player. Ou era o contrário? Não sei, e estou com preguiça demais para procurar.

Irônico que, justo no meio desse bloqueio criativo, me surgiu inspiração para escrever um número aceitável de palavras sobre o assunto (281 da ultima vez que o contador atualizou). Acho que, no fim das contas, eu só precisava tomar alguma iniciativa mesmo. Ah, caso não tenham notado, eu estou pensando nisso conforme escrevo. É, eu não planejo o post antes, não tenho uma ideia pré-formada, nem consulto pessoas antes. O negócio é (não, não vou citar o Frota aqui) ser espontâneo mesmo, se não a coisa perde a graça.

 

Enfim, até a próxima vez que eu tiver tempo para escrever, e esperemos que até lá eu já tenha algumas ideias melhores. Como diriam na finada Dinotopia, Voe Alto (porque busque a paz é para os fracos).