Análise, Review, Experiência – Série “Tales of” Parte 3

Bom, finalmente vamos terminar essa retrospectiva, que já se estendeu bastante. Eu só demorei pra postar essa última parte, porque estava terminando o último da série, Tales of Vesperia no meu XBOX 360 e acabou levando mais tempo que eu imaginei, 80 horas!!! Não que seja muito, mas enfim, logo darei os detalhes.

Mesmo fazendo parte da série principal, Legendia é de longe o episódio mais “diferente” da série, já que praticamente todo o staff de produção dá as caras pela primeira e última vez na franquia. Lançado nos states em 7 de fevereiro de 2006 pelo Project MelFes, com designs de Kazuto Nakazawa e composição de Go Shiina, outro compositor bem famoso da Namco, sendo ele responsável por Ace Combat 3 (PS1), Klonoa 2 (PS2), Tekken 6 (PS3, XBOX 360) e vários outros sucessos da empresa.

Apesar de Tales of Legendia ter nomes de peso da industria japonesa e ser o

Você entregaria sua franquia multimilionária para um bando de "estranhos"?

sucessor do massivo Tales of Symphonia, tecnicamente, Legendia é bem inferior ao seu antecessor, sendo eles nos gráficos e principalmente no sistema de batalha, que regressou aos primórdios da série, com o simples 2D linear.

Mas isso faz de Legendia a ovelha negra da série? Absolutamente não!!! O episódio perdeu qualidade gráfica e gameplay, mas sacrificou tudo isso em prol da história e na construção das personalidades dos personagens e eu arrisco dizer que esses dois fatores, enredo e psique, são os mais bem trabalhados de toda a série!

Apesar de cobrir boa parte da ação da tela durante os diálogos, essas imagens de artwork dão muita ênfase nos designs e personalidade dos personagens. O que é exatamente o que o game tem de melhor a oferecer

Outro fator muito interessante desse episódio são seu diálogos, que ao invés dos modelos 3D atuarem sozinhos, imagens animadas de artwork ajudam na atuação, fazendo com que tenhamos skits em praticamente todos os diálogos.

E a magnífica história do game começa com Senel Coolidge no papel principal, que estranhamente já é um cara habilidoso no começo do game e sua irmã mais nova Shirley, em um pequeno barco a deriva no oceano, quando eles já estão para a perder as esperanças pela falta de comida, os dois avistam uma enorme ilha que se aproxima deles em uma grande velocidade e eles acabam perdendo a consciência. Quando Senel e Shirley voltam a si, salvos na praia da ilha, acabam descobrindo que essa tal ilha na verdade é um gigantesco e colossal, navio chamado Legacy.

Conte-se com gráficos e batalhas mas simples, mas seja recompensado com uma história e personagens muito, mas muito legais.

Eu não deveria estar contando isso mas fuck, Legendia possui duas quests, similares ao primeiro Zelda. Quando você termina o game, salva o mundo e blá, blá, blá, após os créditos é dada a oportunidade de começar uma nova quest no game, que se resume justamente nos problemas e passados dos personagens. E semelhante a Dragon Warrior, Quest, IV, fuck, após todos esses flashbacks e explicações, no final, todos se unem novamente e a história se liga e se completa, sensacional! Um dos meus favoritos do PS2, só não é melhor que o próximo…

Putz… Por onde eu começo??? Esse game me divide cruelmente como o melhor que eu já joguei, junto com Persona 4.

Tales of the Abyss foi último da série a ser lançado para o PS2, assim como o último de sua geração. A versão americana foi lançada em 10 de outubro de 2006 e dessa vez trazendo o team Symphonia de volta, tornando the Abyss o verdadeiro sucessor de Symphonia.

O lançamento de the Abyss, também marcou outros dois eventos importantes, a parceria da Namco com a Bandai, outra famosa produtora não só de games mais de inúmeros produtos relacionados a mangás e animação japonesa e como também o aniversário de 10 anos da série.

A versão americana do game atingiu o improvável, nesta versão exitem extras a mais do que a versão japonesa, como novos golpes. Estamos evoluindo!!!

Tudo o que não era tão legal em Symphonia, foi corrigido com maestria, como as atuações dos modelos 3D dos personagens, que agora são bem mais fluidos e mais cinematográficos com vários closes e jogos de câmera.

Os vários angulos de câmera e expressões faciais e corporais durante os diálogos são grandes evoluções sobre Symphonia.

Os cenários também são bem mais ricos e detalhados. Muitos lugares em Symphonia eram apenas bonitos e tinha um propósito mínimo na progressão do game, mas agora todos os cenários tem uma side-quest, um evento, ou qualquer coisa que aproveite daquele espaço.

Em Tales of the Abyss, os personagens podem desferir massivos golpes especiais chamados Mystic Artes.

Mesmo com gráficos, gameplay, side-quests e vida útil melhorados, o que se destaca nesse episódio novamente é a história e seus personagens.

Logo no início do game você já é abarrotado de informações, então serei breve quanto a história, mesmo tendo que escrever bastante para cobrir o mínimo do enredo inicial.

Você é Luke fon Fabre, o único filho do duque, um importante nobre do reino de Kimlasca-Lanvaldear. Luke é mantido preso em sua mansão durante toda sua vida, por ter sido sequestrado pelo reino rival, Malkuth, quando ainda era uma criança, após algum tempo o jovem Luke é encontrado pela exército real, porém, sem nenhuma memória de sua vida até então.

Voltando ao presente, a mansão dos fon Fabre, recebe a visita do General Van Grants, comandante da guarda responsável pela proteção do clero e também mestre de Luke, cuja única diversão é a luta de espadas.

Van veio trazer a notícia de que a entidade máxima da igreja, o mestre fônico Ion, está desaparecido. Enquanto isso uma misteriosa garota invade a mansão atrás da cabeça do General, Luke a impede, mas uma estranha ressonância ocorre entre os dois quando eles chocam suas armas, teletransportando-os para longe da mansão.

A dubladora americana da Tear, a deixa ainda mais sexy!!! A "canção de ninar" de Tear nos créditos, juntamente com a animação final do jogo, me proporcionaram um dos melhores finais que eu já vi em um game. Emocionante!

A misteriosa assassina se chama Tear e sente muito pelo acidente com o único filho do duque e promete leva-lo novamente para casa. Lógico que algo dá errado e Tear e Luke acabam por se distanciar ainda mais de Kimlasca e  se envolvendo com o Império de Malkuth e o sequestro de Ion.

E assim começa outra história gigantesca com várias intrigas e reviravoltas que

Luke, um legítimo CUZÃO!

vocês precisam experimentar. Ah sim… O personagem principal, Luke, não se parece com nenhum outro personagem da série ou de qualquer outra coisa com o peso de um papel principal de qualquer história.

Como Luke não possui memórias de sua infância e sempre viveu no bem bom e foi extremamente mimado, o “herói” do game é um baita de um “cuzão”, come e não paga, sempre tem um jeito diferente de “tirar” os outros personagens como, “cala boca!”, não te interessa!”, “você é um fraco!”, ou seja, um personagem principal sem nenhuma experiencia e apreço pela sociedade e a vida real.

Mas o interessante é ver como Luke cresce psicologicamente durante o jogo, atráves de várias experiencias tristes e dolorosas, mas que o ensinam a ser uma pessoa melhor. Não só Luke, mas vários outros personagens possuem uma personalidade forte, mas vão mudando ao desenrolar dos fatos, como o sarcástio Coronel Jade Curtiss, esse cara é FODA!

Enfim, o jogo é épico e ponto final.

Não se esqueçam do port do game que será lançado para o Nintendo 3DS em 2012. E se você é uma das caralhocentas pessoas que têm um PS2, pelo amor de qualquer coisa que vocês acreditem, não deixem de experimentar essa jóia!!!

E finalmente chegamos ao último jogo da série principal a ser lançado para nós

A personagem Estelle, mostra todo seu "amor" monetário pelo console puramente americano. E acabou dando certo! Tales of Vesperia é o segundo jogo mais vendido para o XBOX 360 no Japão! Cerca de 200 mil cópias vendidas, atrás somente do 4º episódio da série Star Ocean, The Last Rope.

pobres ocidentais, não tão pobres, porque graças ao mágico poder do capitalismo, Tales of Vesperia foi lançado no “Zeebo” do Japão e é claro que eu estou falando do XBOX 360 em 7 de agosto de 2008.

Mas devemos admitir, que baita jogada de marketing da Micro$oft. Lançar um dos jogos mais aguardados da 7ª geração, para a caixa x, que é esmagadoramente o console menos popular na terra da felicidade.

E é claro que a Namco se viu obrigada a produzir uma versão de Playstation 3, depois de mais de um ano, em 17 de setembro de 2009. Para compensar a espera do lançamento para PS3, a Namco Tales, desenvolveu uma versão director’s cut, com novas quests, armas, skills, golpes e uma nova personagem. Dessa vez as vendas foram muito boas por lá, alcançando a marca de 352 mil cópias em 4 meses!!

ADIVINHA... ADIVINHA... A versão de PS3 não veio para o ocidente, resultando em uma legião de fanboys emputecidos...

A versão de XBOX 360, logicamente, também foi lançada na América, poucas semanas após o lançamento japonês, em 27 de Agosto de 2008. Obviamente, Vesperia foi um sucesso de vendas, atingindo a marca de 33 mil cópias vendidas em 4 dias!!!

Quanto aos aspectos técnicos do game, Tales of Vesperia é muito semelhante a the Abyss, grosseiramente falando, uma versão 2.0 do episódio anterior. Mantendo o mesmo time de produção, que aliás, é a última participação do team Symphonia em um game principal. Os próximos games, serão agora produzidos pelo team Destiny.

Um dos componentes novos no sistema de batalha é o chamado "Fatal Strike", quando diminui uma das três barras, você pode desferir um ataque derrota instantemente seu inimigo, independente de quanto HP esteja sobrando.

O sistema de batalha continua praticamente o mesmo, com apenas algumas adições, mas bem significativas. Uma delas é que agora você possui além de sua arma principal, você terá a disposição uma sub arma. No caso do protagonista, uma espada seria sua arma principal e a sub seria uma luva de combate.

O interessante é que agora, todas as armas e sub armas, tem o seu próprio modelo embainhadas,  além de até o design das bainhas das espadas serem bem diferentes uma das outras.

O sistema de roupas extras dos personagens, que está presente desde Symphonia, também evoluiu, agora é possível customizar pequenas partes do

Não importa o quanto você seja conservador, se você tiver um XBOX 360 ou um PS3 em casa com uma HDTV, você é automaticamente corrompido pelos seus gráficos.

vestuário e acessórios, como equipar óculos escuros, chapéus, etc.

Não posso deixar de falar dos gráficos, que estão fantárdigos!!! Eu não ligo muito pra imagem de um jogo, mas jogar esse game em 1080p foi uma coisa mágica, destaque para um evento onde os personagens conhecem pela primeira vez o mar no alto de uma colina, foi uma imagem de encher os olhos!

A trama se passa no mundo de Terca Lumireis, onde seu povo é extremamente dependente de uma tecnologia de uma civilização antiga, as chamadas “blastias”, pedras mágicas de diferentes tamanhos que provem água, fogo, luz e principalmente, erguem barreiras em tornos das cidades, para proteger os humanos das infinitas hordas de monstros que assolam a terra.

A história começa com o roubo da aque blastia, do bairro pobre da capital Zaphias, resultando em um alagamento eminente no bairro. O protagonista, Yuri Lowell, morador desse bairro, resolve investigar na parte nobre da cidade e acaba encontrando o culpado, mas antes que pudesse captura-lo, Yuri é preso.

Na prisão do castelo, Yuri consegue fugir, graças a outro prisioneiro que

Novamente o papel do protagonista é assumido por um personagem que não se encaixa em nenhum dos requisitos para ser o "herói" da história, como alguém gentil mas atrapalhado, em constante treinamento, indeciso e outras falhas estúpidas, Yuri já é extremamente habilidoso desde o começo do jogo, é inteligente, tem jeito com as mulheres e não se importa com as leis, se tiver que ser feito ele faz!!!

também dá uma pista, sobre o sumiço da aque blastia. Na fuga do castelo, Yuri conhece uma nobre, Estellise, que também está fugindo do castelo para alertar seu amigo, um cavaleiro real, que estão querendo mata-lo, esse cavaleiro acaba por ser também um amigo próximo de Yuri e o rapaz decide ajuda-la a fugir. E os dois partem para o mundo desconhecido além das barreiras, atrás da aque blastia e desse tal cavaleiro.

Eu não experimentava isso desde de Dragon Warrior VII no PS1, os primeiros objetivos do game são um tanto quanto fúteis, você só fica sabendo do fim do mundo e sua eventual salvação por você, só depois de muitas e muitas horas de jogo. Isso também acontece com a progressão dos chefes, que é melhor eu não falar pra não dar spoiler.

Outro fator interessante, são as habilidades básicas de exploração e combate, que ao invés dos outros jogos, já estão disponíveis logo no início ou em algumas horas de jogo, em Vesperia, você está em um constante tutorial, sempre há algo novo pra aprender sobre a estrutura do game mesmo com já dezenas de horas de jogo e esses tutorias vem sempre acompanhados de um evento divertido, então nunca fica chato aprender um pouco a mais sobre o game.

Enfim, fiquei um pouco decepcionado pela história não ser tão épica e extremaquanto the Abyss, mas Vesperia é um ótimo game, o melhor J-RPG que eu joguei até agora nessa geração de consoles, sim, bem melhor que Final Fantasy XIII.

E enquanto esperamos por Graces f, o Japão já recebeu outro episódio, Tales of Xillia, lançado semana passada, dia 8. Vamos ver, se Tales of Graces f vender bem, é provável que não esperamos tanto por esse lançamento.

O próximo episódio da série, Tales of Graces, já foi lançado no Japão em 10 de Dezembro de 2009 (porra...) e sim, nunca foi lançado por aqui e nunca será pois a versão director's cut, Tales of Graces f, lançado para o PS3 no ano seguinte, dará as caras no ocidente em 2012! Menos mal... Mas ainda estou puto com você Nintendo of America...

E finalmente está findado essa massiva retrospectiva e análise dessa maravilhosa série. Espero que eu tenha sido informativo o bastante para convencer vocês a experimentarem pelo menos um dos jogos que analisei aqui. Até a próxima!


Análise, Review, Experiência – Série “Tales of” Parte 2

Com a saída do time original, um novo grupo foi formado para o novo episódio da série, dessa vez no “console do futuro”, o Playstation em 30 de dezembro de 1998.

Denominado Telenet Japan e posteriormente renomeado para Team Destiny,

Mesmo com um time de produção diferente, Destiny manteve as qualidades de seu predecessor, coisas que nos dias de hoje resultariam em total fracasso (sim, são de vocês que eu estou falando, novo Team Silent).

divide até hoje a produção dos jogos da série principal com um outro grupo que mais a frente irei revelar.

Com o novo time e dessa vez Mutsumi Inomata no design dos personagens, Tales of Destiny parecia que seria uma nova reinvenção de seu predecessor, mas revelou ser um jogo muito semelhante a Phantasia.

A história dessa vez gira em torno do personagem Stahn Aileron, um vagabundo, digo, um aspirante de aventureiro em busca de fama. Sthahn é pego de penetra em um navio voador chamado Draconis, enquanto estava tirando um ronco e é confundido com um bandido atrás de uma preciosa carga, transportada por Draconis, após provar sua inocência (ou ignorância), nosso herói é obrigado a limpar o convés do navio voador.

Até que bandidos, dessa vez de verdade, invadem Draconis, atrás dessa tal carga preciosa, Stahn consegue se safar dos ladrões e chega até o depósito onde está guardada essa carga, que na verdade é uma estranha espada, que fala com Stahn, revelando ser Dymos, uma espada mágica de uma guerra distante.

Poucos jogos merecem ser chamados de "remakes" Tales of Destiny é um deles... O grupo Absolute Zero, juntamente com o grupo Phantasian Productions, estão trabalhando em uma "fã" tradução da versão Director's Cut do remake e a continuação de 2002.

Após fugir do navio voador, antes de ir ao encontro do chão, Dymos concede a Stahn todos seus desejos de fama e aventuras, assim como mais problemas ao encontrar outros espadachins que também possuem uma espada mágica e nosso vagabundo Stahn acaba se metendo em uma grande guerra em busca de uma relíquia entre esses espadachins.

Destiny é um dos meus episódios favoritos, fez tanto sucesso que foi um dos únicos jogos da série a ganhar uma sequência para Playstation 2 em 2002 (japan only, fuck!). Destiny também ganhou um remake inteiramente refeito em 2006 para PS2 (japan only again, double fuck).

Mantendo o mesmo time de Destiny, Eternia chegou às lojas em 10

Quando lançado por aqui, Eternia mudou para Destiny II, para evitar problemas de direitos autorais com a famosa linha de bonecos Masters of the Universe (He man) da Mattel (Espero que esse não tenha sido o motivo do verdadeiro Destiny 2 não ter vindo pra cá).

de setembro de 2001. Com incríveis 3 discos de duração, o episódio revolucionou o estilo gráfico da série. Além de contar com mais diálogos dublados, o visual do jogo evoluiu para um belíssimo 2D com sprites desenhados (semelhante a Legend of Mana, também para PS1) e cenários pré-renderizados, assim como uma visão mais variada da clássica “vista de cima”.

É difícil falar da história sem dar um baita spoiler, então vou escrever um pouco menos sobre a mesma.

A história se passa em Eternia, um mundo onde existem 2 planetas próximos um do outro (???). Enfim, os dois mundos de Eternia são divididos por uma barreira chamada Orbus Barrier, que impede a interação dos dois mundos graças a uma grande guerra a 2000 anos atrás e agora essa barreira está se enfraquecendo e um novo conflito pode acabar se repetindo.

O visual de Eternia é muito agradável aos olhos.

Ótimas músicas, ótimos gráficos, ótima história, mais uma obra prima da série. E para os sortudos donos de um PSP, existe um remake do game para o portátil, lançado em 2006 na Europa graças a saudosa Ubisoft.

E como já mencionei antes, existe também uma adaptação em anime, em 13 episódios, contando resumidamente a história do jogo, não deixem de conferir.

Ah, Tales of Symphonia. Considerado o “Final Fantasy VII” da série, devido a sua popularidade, este episódio colocou a série Tales como uma das principais franquias de JRPG, graças ao seu incrível sucesso na América e Europa.

Chegou por essas bandas em 13 de julho de 2004 até então para o Nintendo

Por outro motivo desconhecido e provavelmente estúpido, a versão de PS2 de Symphonia nunca deu as caras no ocidente. Os grupos de tradução já disseram que não há necessidade de traduzi-lo (mesmo com um maldito script pronto da versão de GC), devido ao inferior número de quadros por segundo e nenhum atrativo a mais da versão anterior.

Game Cube. Mas pela grande supremacia sonysta no Japão e no resto do mundo com o “fodão” Playstation 2, a Namco resolveu lança-lo também para a plataforma da sony em 22 de setembro do mesmo ano. A versão de PS2 veio com pequenas mudanças, entre elas, uma nova cor para o título do jogo, de azul para vermelho, uma nova música de abertura, skits com mais expressões corporais e uma queda na taxa de quadros, de 60 para 30 por segundo devido ao processador mais limitado do PS2.

Tales of Symphonia foi outro marco para a história da série, uma nova subsidiaria da Namco, dedicada inteiramente aos games da série foi formada, a Namco Tales Studio.

Um novo time de produção foi formado, chamado “Team Symphonia” e o mangaka, Kosuke Fujishima volta a fazer os designs dos personagens.

O estilo gráfico também é atualizado, utilizando a técnica do momento, o cel-shading (gráficos que lembram uma animação), que se mantém até hoje na série e como já mencionei, ambientação 3D na batalhas.

E vamos à história! A trama se passa no decadente mundo de Sylvarant. Um “escolhido” é nomeado de tempos em tempos, para livrar o mundo do mau, em uma santa peregrinação até a “Torre da Salvação”. A aparição dessa torre no mundo de Sylvarant, marca o início da jornada do “escolhido”, dessa vez ele é incarnado na doce personagem clichê da gentileza, Colette.

Como a jornada é muito perigosa, um mercenário é contratado para escoltar Colette, O “fodão” Kratos (não AQUELE espartano), assim como seus amigos de infância, Lloyd e Genis e sua professora, Raine.

Nada melhor do que um game tecnicamente semelhante a um anime, ser apresentado em cel-shading.

Novamente, a trama é cheia de reviravoltas como em Phantasia e não é para menos, a história de Symphonia se passa no mesmo mundo de Phantasia, só que milhares de anos antes. Game nota 10, meu segundo favorito da série.

Em novembro de 2008, foi lançado um spin-off da série principal para Nintendo Wii contando os eventos passados após Tales of Symphonia. Não faz parte da série principal, vale a pena joga-lo somente se você terminou o original.

Bom, eu novamente vou parar por aqui, os três últimos games da série principal serão analisados na terceira e última parte do review dessa maravilhosa série. Até lá!


Análise, Review, Experiência – Série “Tales of”

Hooray! Depois de ficar duas semanas na casa da vovó, e sofrer uma crise de abstinência pela falta de internet, estou voltando a escrever nesse não tão mais esquecido blog (realmente está dando certo Chaguinha!!!).

Bom, eu pretendia escrever sobre “Tales of” depois de mais algumas análises, mas como fiquei tanto tempo sem postar nada decidi escrever sobre Tales mesmo, então vamos agilizar o bagulho que vai ser bem complexo.

* Introdução

Como já mencionei na análise do Persona 4,  a série “Tales of” é uma das principais compilações de JRPGs (RPGs feitos por japas) e pessoalmente uma das minhas favoritas, na frente de Final Fantasy e Dragon Quest, e já darei meus motivos.

O primeiro episódio, Tales of Phantasia, foi lançado pela Namco (hoje Namco Bandai Games), em 15 de dezembro de 1995 para o Super Famicom e como a maioria das pérolas cults japonesas, não saiu da terra nascente e isso se repetiu com outros episódios da série através dos anos, mesmo com a popularização dos JRPGs, após Final Fantasy VII.

Tales of Phantasia foi produzido pelo estúdio Wolfteam...

...Após o término da produção do jogo, o time saiu da Namco e partiu para a Enix (hoje Square Enix), formando o estúdio tri-Ace, responsável por Star Ocean...

...E Valkyrie Profile, ambos com um sistema semelhante ao do apresentado em Tales of Phantasia.

Tales of Destiny, seu segundo episódio, apareceu por essas bandas em dezembro de 1998, alcançando um sucesso considerável, permitindo que os próximos games também fossem lançados aqui e como já mencionei, exceções de alguns títulos que mais a frente irei detalhar.

E foi dado o pontapé inicial para uma legião de fãs!

Mas foi com Tales of Symphonia lançado para Game Cube em julho de 2004, que

1,4 milhão de cópias vendidas! Mereceu cada uma delas.

nós bárbaros americanos acordamos para a vida. O game foi um sucesso imediato e se tornou um motivo para comprar o console fora os Marios e Zeldas da vida.

Hoje a consagrada série, conta com 13 jogos da série principal, 15 side games, algumas adaptações em mangá, 4 séries animadas e um filme.

E como em quase todo RPG, os episódios não possuem uma história sequencial, cada game conta uma história diferente (tirando Phantasia, Destiny e Symphonia que possuem uma continuação).

Em 2007, a série alcançou a marca de 10 milhões de cópias vendidas (holy shit!).

*Os atributos originais da série

    -O sistema de batalha

Talvez a principal característica da série, explicando de um modo simples e grosso, em vez de escolher seus ataques e magias através de turnos, você vai até o inimigo e desce o cacete nele como em um jogo de ação.

Chamado de Linear Motion Battle System, o jogador controla um personagem em linha reta, em um plano 2D, enquanto outros 3 personagens controlados pelo computador lhe dão apoio. A partir de Tales of Destiny é dada a opção de multiplayer nas batalhas de até 4 jogadores, cada um controlando um personagem.

Batalha contra Daos no prelúdio de Tales of Phantasia.

O LMBS foi evoluindo ao longo da série, como múltiplos planos em Tales of Rebirth...

... Em Symphonia mantiveram o 2D mas agora em um campo 3D...

...E finalmente total movimentação 3D pressionando apenas um botão a partir de Tales of the Abyss.

Outra característica importante no sistema de batalha são seus controles. Com exceção do primeiro episódio todos os jogos oferecem além de “dois pra frente corre” e “pra cima pulo”, um botão de defesa, um de ataque e outro de habilidades, atualmente chamados de artes.

Pressionando uma direção e o botão de arte, seu personagem executa várias

Trás, baixo, frente, baixo trás, soco médio, soco forte, ou simplesmente pra frente x...

habilidades diferentes, pré organizadas por você, podendo ser combinadas com ataques normais e pulos, garantindo combos no estilo “did I do that?”

 – Cozinhar

...Hã? Pode parecer estranho, mas é um tanto quanto útil. Além de coletar e comprar itens de recuperação, você também pode guardar diversos alimentos e temperos. Você aprende várias receitas diferentes através de eventos e do famoso NPC (non playable character), “Wonder Chef” que te ensina receitas se puder encontra-lo. Seus efeitos são dos mais variados podendo recuperar sua energia, mana e aumentar diversos atributos.

Ache um maluco com uma capa vermelha e um garfo gigante e aprenda a cozinhar instantaneamente...

– O jeito anime de ser

Eu já usei esse argumento no review do Persona 4, mas na série Tales, uma

Kosuke Fujishima também foi o autor e desenhista da série Ah! Megami-sama...

comparação com um anime é mais evidente. Começando pelos designers dos personagens Kosuke Fujishima, responsável por Phantasia, Symphonia, The Abyss e Vesperia, Mutsumi Inomata, reponsável por Destiny, Destiny 2, Eternia, Rebirth, Graces e Xilia e Kazuto Nakazawa responsável apenas por Legendia, os 3 são renomados designers, autores e diretores no mundo da animação japonesa.

...E designer da série Sakura Taisen.

Kazuto Nakazawa é bem conhecido por aqui, as cenas em anime do filme Kill Bill Vol. 1 são alguns de seus trabalhos ocidentais...

...Como também as animações das histórias Kid's Story e Detective's Story do filme Animatrix e do clipe do Linkin Park, Breaking The Habit.

Eu sei que este tópico já está saturado de imagens, mas o tio Kazuto também é responsável pelo designs de um dos meus animes favoritos, Samurai Champloo!

Os “Tales of” não se assemelham a um anime apenas pelo seu design, mas também pelo jeito de como a história se desenrola, que lembra bastante o ritmo de uma animação japonesa, tanto que já existem 4 séries inspiradas nos episódios, Phantasia, Eternia, Symphonia, The Abyss e um filme sobre os eventos anteriores do capítulo Vesperia. Pra quem estiver interessado aí vai o link onde tem todas as séries.

http://www.meikai-animes.net/media/tudo/t

   

– Skits

Outro fator que contribui com a semelhança a um anime, além de ser uma

Concordo com você Lloyd!

marca registrada muito divertida da série. Presente desde Destiny, os skits nada mais são do que diálogos entre os personagens usando imagens de artwork com várias expressões faciais e corporais, elas acontecem após um evento importante ou não, em lugares pré determinados, ou quando você menos espera e trazem informações úteis sobre a progressão do jogo, piadas nonsense e várias situações engraçadas que ajudam a conhecer um pouco mais das ricas personalidades de cada personagem de cada game.

Por algum motivo estúpido muitos jogos da série que vieram pra cá, não possuem skits dublados, apenas texto, ainda bem que a Namco tomou vergonha na cara e também esta dublando os skits nos jogos mais recentes.

Bom, é melhor vocês verem por si mesmos como funciona um skit.

Vejam o vídeo de um skit do episódio mais recente, Tales of Vesperia:

– Som

Tirando Tales of Legendia e Inoccence, todos as músicas da série principal foram compostas por Motoi Sakuraba, grande nome da game music, ele já fez trabalhos para o estúdio Camelot da Nintendo nos jogos, Mario Golf, Mario Tennis e Golden Sun, os já citados jogos da tri-Ace, os ótimos RGPs de Game Cube Baten Kaitos e Baten Kaitos Origins e também compôs algumas faixas de Super Smash Bros. Brawl, inclusive a épica música do menu.

Outro aspecto característico da série são suas aberturas animadas e cantadas como se fossem animes, como já era de se esperar as versões americanas dos jogos não possuem um tema cantado graças aos malditos direitos autorais, mas isso já é passado, em Tales of the Abyss foi adquirido ao menos a composição instrumental do tema e finalmente em Vesperia, temos uma adaptação em inglês da música original também cantada pela mesma cantora da versão japonesa, Bonnie Pink, quem assiste anime deve conhecer ao menos a sua voz, já que ela também canta o 5º encerramento de Rurouni Kenshin (o nosso Samurai X), It’s Gonna Rain e a linda música Last Kiss, tema de encerramento do anime Gantz.

Apreciem as belas aberturas e músicas das versões originais dos jogos da série principal em ordem de lançamento em sua originalidade japa:

*Bate bola, jogo rápido

Eu deveria finalizar o post por aqui, mas achei que seria mais completo se eu fizesse uma micro análise, pelo menos da série principal e claro, apenas os que eu joguei, ou seja os que episódios que vieram para o ocidente. E como o limite de espaço não é infinito só vou fazer do primeiro episódio, Tales of Phantasia e o resto virá em breve em outro post.

Como nunca houve uma versão americana, a única opção de jogar essa pérola foi através de uma das primeiras traduções para o Super Nintendo feita pelo grupo DeJap em 2000. Um remake para Playstation foi produzido em 1998 usando a mesma engine gráfica de Destiny e obviamente também não saiu do japão, mas também já possui uma tradução concluída em 2007 pelo grupo Absolute Zero. A localização ocidental de Phantasia só foi acontecer com o defeituoso port da versão de Super Famicom com alguns aditivos da versão de Playstation para o Gameboy Advance em março de 2006. Uma versão melhorada do remake de Playstation chegou ao PSP em setembro do mesmo ano, dessa vez com todos os diálogos principais dublados e adivinha? Só no Japão!!!

Comparação entre o remake de Playstation, a versão original de Super Famicom e o port de Gameboy Advance.

A trama começa com o sofrível selamento do maligno rei Daos. Anos depois o filho de um desses guerreiros que selaram o mau, herda de seu pai um dos pendantes responsáveis por manter o rei Daos selado. Um ambicioso homem  está atrás desse pendante para libertar Daos e obter seus poderes e acaba destruindo a vila de nosso herói e assassinando seus pais, antigos guerreiros. Resta agora você impedir que Daos seja libertado de sua prisão em uma trama com muitas reviravoltas, sério! É impressionante como o rítmo e objetivos principais mudam umas 3, 4 vezes durante o jogo.

Enfim, O primeiro episódio é também um dos melhores, não deixem de conferir, seja no Super Famicom ou no Playstation!

Site do grupo DeJap:

http://dejap.eludevisibility.org/

Site do grupo Absolute Zero:

http://a0t.co/



Análise, Review, Experiência – Shin Megami Tensei Persona 4


Hoje começa um negócio novo nesse bagulho! Com a autorização do BIG BOSS MESTRE JEDI MOTHERFUCKER CHAGUINHA, vou estrear nesse blog nerd, escrevendo coisas que todo nerd gosta, GAMES!!! Meu objetivo vai ser compartilhar experiências fodas de games fodas (de preferência RPGs), que poucos tiveram a oportunidade de jogar essas obras primas ofuscadas por Call of Duties da vida, não que eu não goste de FPS, mas matar nazistas, terroristas e zumbis, ou zumbis terroristas nazistas não são coisas que vão prender por muito tempo um nerd de verdade. Por isso mesmo, o que vou retratar aqui são jogos que possuem uma história complexa, inteligente e um design bem trabalhado independente da geração em que foi lançado.

Capa americana do game

E o game escolhido para iniciar esse trem é o RPG Persona 4, lançado em dezembro de 2008, fechando com estilo o gênero no esquecido Playstation 2. Pertencente à série Shin Megami Tensei e ao lado Final Fantasy, Dragon Quest e Tales of, faz parte das séries de RPGs mais famosas do país da felicidade e terremotos (paradoxo). Mas o que difere Megaten (como é conhecido pelos fãs) dos outros? Simples, originalidade nos seus temas, detalhes que uma sociedade

Qual outro jogo que você conhece que usa cristianismo???

decente e cristã consideraria abomináveis. E o Principal atrativo para nós nerds. Você gosta de anime? Perfeito, Persona 4 é um anime jogável.

Pense em todos os clichês existentes em uma série animada japonesa, comédias escolares (check), escolhido para salvar o mundo (check), personagem idiota que dá o senso de humor nos diálogos (check), personagem brigão, mas gentil (check), personagem espevitada (check), personagem acanhada (check), personagem cool e centrada, mas no fundo é outra personagem acanhada (check), irmãzinha bonitinha dona de casa que adora o protagonista (check), mais de duas garotas apaixonadas pelo protagonista (check), rivais e inimigos que se tornam companheiros (check), personagens sem atrativos que se tornam inimigos (check), mechas (check), mascote fofinho (check), espadas gigantes (check), personagens que se destacam com uma cor de roupa ou cabelo (check), criaturas fantásticas (check). Consegue pensar em outro? Persona 4 tem esse também!

A trupe reunida, porque personagens de J-RPGs são tão atraentes? Eles não são humanos?

Você nunca jogou um game da Megaten antes? Sem problemas, os outros jogos da série, Nocturne, Digital Devil Saga, Devil Summoner e vários outros,

Da série Devil Summoner, Raidou Kuzunoha, também conhecido como o Batman japonês...

exploram uma realidade diferente da explorada em Persona, mas isso é assunto para outro post. E mesmo que esse seja o quinto episódio, apesar de ser o número 4 (?) (Persona 2 possui duas partes) Os personagens e história são completamente diferentes. Chega de enrolação e vamos ao dito cujo. Só pra ver o quanto vale à pena, eu fiquei tão viciado nessa parada que eu esqueci o meu XBOX 360 enquanto não terminei o bendito.

*História

Você mora em uma grande cidade, mas devido a uma viagem de negócios de seus pais ao exterior durante um ano, você se vê obrigado a morar com seu tio Ryotarou e sua prima Nanako em Inaba, uma cidade do interior, além de ser transferido para o colégio do local.

Seu primeiro dia na escola...

Tá pensando o que vagabundo? Pensou que ia ficar um ano no bem bom? Logo você conhece sua escola e o professor Morooka responsável pela sua sala. Pense no pior professor que você já teve, Morooka é pior. Você também conhece alguns

colegas, e futuros companheiros, o responsável pelo teor humorístico Yosuke, A viciada em kung-fu e ativa Chie, e a tímida e solene Yukiko. OK. Agora onde entra as dungeons e monstros como qualquer outro RPG? Calma. Como qualquer outro RPG massivo de 100 horas, o começo do jogo serve apenas para apresentar a base da história e os personagens.

Eu te odeio Morooka-sensei... Vê se esse cara tem jeito de professor compreensivo.

Enfim, após uma noite com chuva e névoa é encontrado um corpo pendurado em uma antena de televisão, após toda a comoção do incidente você fica sabendo de uma lenda urbana, o Midnight Channel, onde para enxergar na televisão sua cara metade, é preciso assistir esse tal canal, sozinho, na meia noite em dias chuvosos. Logo você percebe que esse tal canal está ligado ao incidente da antena, você também descobre que se pode entrar dentro da TV (foda-se o pleonasmo, é pra dar ênfase) após despertar um poder

Parece Scooby Doo, mas é bem mais interessante...

sobrenatural chamado Persona. Logo você resolve explorar esse lugar sinistro com seus novos amigos, e é aqui que entram as dungeons do jogo. Para prevenir que uma pessoa seja assassinada, é necessário salvá-la dentro do mundo da televisão, antes que ela apareça no Midnight Channel nos dias de nevoeiro.

Eu também me mijaria todo se visse isso...

E é basicamente isso, você deve capturar o responsável pelo assassinato enquanto encontra outros companheiros, O misterioso habitante da TV Teddie, O brigão problemático Kanji, uma idol japonesa Rise e o Príncipe Detetive L, digo Naoto.

*Design

O jogo se divide entre as explorações das dungeons no mundo da televisão e uma espécie de simulador de vida social e acadêmica. Não adianta você ser o

Você acha que pode se dar bem na escola...

salvador do mundo se não se der bem na escola e na vida social. Então você deve dividir seu tempo de manhã e a tarde para sua vida escolar, como responder perguntas dos professores na sala, eventos acadêmicos entre festivais, passeios e até mesmo provas. No final da tarde, finais de semana e feriados, você pode explorar o mundo da TV ou fazer um dos principais

...e salvar o mundo ao mesmo tempo?

aspectos do game, sair com seus amigos, seja conhecendo melhor alguém, namorando, fazendo parte de um clube do colégio, trabalhando, ou fazendo companhia para os solitários Ryotarou e Nanako.

* Os atributos “reais’’ do protagonista

Tirando seus atributos para a parte exploração de dungeons, força, defesa, magia, etc., Você conta com cinco atributos referentes para a parte simulação do game e são eles Knowledge (conhecimento), Deligence (determinação), Courage (coragem), Expression (expressão) e Understanding (compreensão). Cada atributo é aumentado fazendo um tipo de atividade social diferente como estudar na biblioteca, ler um livro, trabalhar, etc. E alguns atributos precisam estar altos para iniciar certos eventos no game, como coragem para convidar uma garota para sair ou determinação para trabalhar por exemplo.

Não seria legal se soubéssemos se somos descolados ou mediocres?

*Os Personas

O poder despertado pelo protagonista e logo por seus companheiros é chamado

Não, Não é Pokémon Stadium!

Persona, criaturas invocadas de cartas de tarô, personificadas de acordo com sua personalidade (?) e características, e como é você quem decide a personalidade e características de seu protagonista, você pode ter mais de um, na verdade vários, podendo fundi-los para obter Personas ainda mais fortes. O interessante é que essas criaturas são baseadas em várias mitologias e religiões e você pode turbiná-los não só com experiência de combate, mas também com a experiência de seus relacionamentos. Hã???

*Os Socials Links

É um prazer evoluir o Social Link da Nanako!

Cada relacionamento seu corresponde a uma arcana de cartas que você usa para invocar seus Personas, então se você se der bem com sua prima que corresponde a um tipo de carta, Personas pertencentes a esse tipo serão mais fortes. Esse sistema é chamado de Social Link e é dividido em 10 níveis para cada um de seus companheiros e alguns outros relacionamentos.

Tenha uma vida social e fique mais forte. Lição de vida...

*As dungeons

Mais um quesito originalidade do game. As vítimas do Midnight Channel são levadas para essas dungeons que representam sua personalidade e inseguranças. Por exemplo. Uma das vitimas e futuro companheiro seu, Kanji, é um garoto problemático e amendrontador, que tem dificuldades para falar com mulheres e não vê outra saída se não tentar se relacionar com homens, então sua dungeon é um casa de banhos gay refletindo sua insegurança sexual.

Essa foi uma experiência muito estranha...

*Os inimigos

Os inimigos que você irá encontrar ao longo do jogo são chamados de Shadows e tem o mesmo princípio das dungeons, antes humanos consumidos por sua personalidade. As vítimas também tem uma contra parte shadow que reflete sua verdadeira personalidade, e são os chefes de suas respectivas dungeons, e quando vítima aceita sua verdadeira face, esse Shadow  se transforma em Persona e essa vítima entra para o seu time. (hooray!)

Japoneses realmente tem o dom para criar criaturas perturbadoras e nojentas...

*Gameplay

Outra característica importante do game é seu gameplay, durante os eventos da história principal, você deve agir como um detetive, colhendo pistas sobre a próxima vítima do Midnight Channel ou escolhendo opções certas de diálogo sobre o caso, sistema que se repete em outros eventos e principalmente na construção dos socials links, no maior jeito eroge de ser.

Ah se a vida real tivesse opção nos diálogos...

Quanto ao combate, você e seus companheiros não dependem apenas dos Personas, cada personagem possui equipamentos e armas distintas. Persona 4 possui um sistema de batalha em turnos bem simples mas ao mesmo tempo bem complicados. O sucesso das batalhas dependem das fraquezas e resistências a elementos dos Shadows e Personas, então nos primeiros turnos é importante explorar as fraquezas dos Shadows e assim eliminá-los rapidamente. Outro sistema importante nas batalhas são os chamados “1 more”,

ALL OUT ATTACK!

quando você atinge uma fraqueza de um Shadow, você ganha mais um turno com esse personagem além desse Shadow ficar em um estado chamado “down”, se todos os Shadows dessa  batalha ficarem nesse estado, os heróis podem desferir um ataque combinado chamado “All-Out” desferindo uma grande quantidade de dano. Sem falar dos várias outros estados que afetam tanto os personas quanto os Shadows.

*Gráficos

Ótimos, não são um show técnico como Final Fantasy XII ou Dragon Quest VIII, mas são muito bem trabalhados, há variações no cenário de tempo e clima e os temas das dungeons são muito criativos, em uma, por exemplo, é uma cópia de um RPG dos anos 80, cheia de pixels e alto contraste de 4 cores.

Essa dungeon foi muito cool...

*Som

Primeiramente tenho que agradecer de joelhos a desenvolvedora e publicadora

O que diabos é senpai?

do game, a Atlus, pelo o trabalho de dublagem e adaptação para o inglês, é impecável, a Atlus USA é tão preocupada em manter a magia japonesa do jogo que em vez de aparecer um mister, miss ou veteran, temos os famosos sufixos japonêses, san, chan, senpai, etc. Nas músicas temos outra originalidade, em vez de baladas épicas e orquestradas temos J-pop, J-pop e J-pop, o impressionante é que essas músicas não cansam de ouvir. Eu ainda me pegava cantarolando a música de batalha mesmo tendo a ouvido milhares de vezes.  A Atlus USA também é conhecida por lançar junto com seus jogos, um cd com a trilha sonora e algumas vezes até um artbook, e com Persona 4 não foi diferente, o jogo acompanha um cd com a ótima trilha sonora.

Abertura do game:

*Veredicto

Nota 10 com louvor, o melhor RPG que eu já joguei uma obra prima do PS2 que merece ser jogado por todos os nerds amantes de RPGs e animes. Apenas cobri o básico do básico do game, resta a você descobrir o vasto universo de Persona 4 , que irá ganhar uma versão em anime em outubro desse ano. Yahoooo!

Joguem o game! Assitam o anime!

Site oficial da animação:

http://www.p4a.jp/

Um dos trailers já lançados