Foi por pouco jesus, foi por pouco

    Na madrugada de 27 de dezembro de 2012, por volta das 4:15h, acordei como previamente planejado para viajar ao Paraguai.

    Fui tomar um banho rápido, e como é típico do meu humor áureo, me arrastei para o banheiro ainda sonhando e derrubando uma série de cacarecos que minha irmã usa para ocupar espaço no banheiro.

    Por acaso, também dei uma cotovelada na janela, já dentro do box do banheiro, derrubando uma das embalagens de xampu que costuma ficar no parapeito. Mesmo com o banheiro praticamente destruído, decidi deixar a arrumação para depois do meu banho.

    De repente, durante o banho, percebi um gigantesco heteróptero (percevejo) se arrastando na janela, a poucos milímetros de mim. Rapidamente evitei o já antecipado ataque da fera saindo do box e fechando a porta deslizante. “Foi por pouco jesus, foi por pouco“, pensei na hora.

    Deduzi sem dificuldade, dado o tamanho e outras características esdrúxulas do animal, que se tratava de um espécime pré-histórico cujo fóssil havia sido reanimado através de magia negra. Hipótese sustentada pelos vestígios de um ritual que eu verifiquei jazindo numa encruzilhada a poucas ruas de casa. O ritual aparentemente envolveu um urubu morto, um pano vermelho e algumas velas coloridas.

    Na sequência da minha brilhante escapada, agarrei um dos meus chinelos, ainda tomado pela adrenalina e instinto de auto-preservação, já decidido a me engajar num duelo mortal entre homem e animal, do qual apenas um de nós sairia vivo.

    Mas aí eu me lembrei do meu respeito quase budista pelas coisas vivas (e/ou revividas). Decidi então que iria abrir a janela e convidá-lo a se retirar.

    Enquanto eu estendia a mão até a tranca da janela, eu recitava na forma de um mantra: “Por favor não me mate, por favor não me mate, por favor não me mate…“. Isso receando que a criatura escalasse pelo meu braço para então desferir um golpe fatal na minha jugular.

    Felizmente, a criatura não se moveu antes, durante, nem depois do procedimento de destravar e abrir janela, obviamente hipnotizada pelo meu mantra pacificador.

    Aberta a janela, usei a pontinha do chinelo para empurrá-lo para fora, depois fechei. Resolvida a crise, terminei de me banhar e segui com minha vida, sabendo que os eventos aqui descritos haviam causado em mim uma profunda transformação.

    Essa terrível provação foi como um rito de passagem, o tipo de coisa que separa homens de meninos. Eu, Sr.Rocha, aos 21 anos de idade, havia atingido o meu nirvana, um estado de consciência superior, praticamente um monge kung-fu. Saudações à todos e namastê.


Sr.Rocha se apresentando e apresentando: DOFUS

Aqui quem vos escreve é Erick Rocha Amorim, mais novo integrante da equipe do Pudim de Ameixa.
Sou graduando em Ciências da Computação na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Gosto de ler, escrever, desenhar, anime/manga, RPGs eletrônicos e de mesa.
Também gosto de animais, de vento e de Led Zeppelin.

Com a greve dos professores nas universidades federais, fiquei bastante tempo ocioso e meu passatempo foi, principalmente, jogar uma coisinha chamada DOFUS.

Dofus é um RPG online de origem francesa que acabou se popularizando em várias partes do mundo. Um empresa chamada Ankama Games possui os direitos sobre o jogo.

O jogo tem um aspecto cômico, lúdico, de certa forma quase infantil, afinal, roda em flash, mas é por isso que a aparência é agradável, apesar de simples. Se você é do tipo que só consegue jogar um jogo se os gráfico exigem uma placa de vídeo de ponta, pode parar de ler por aqui.

Apesar das aparências, o jogo realmente é muito bom, vale a pena ser jogado, principalmente com amigos.

O sistema de combate funciona em turnos e gira em torno de Pontos de Ação e Pontos de Movimento, o que pode lembrar um pouco outro jogo muito bom: Final Fantasy Tatics

Tratando-se de um MMORPG, Dofus conta com elementos clássicos como Guildas, PvP e Quests.

Destaque para o sistema de montarias, através do qual os personagens podem capturar, criar e montar criaturas conhecidas como Dragossauros.

E também para o sistema de Dungeons/Calabouços que é muito interessante.

Também há uma feature não tão comum que é o sistema de profissões. Os personagens podem aprender profissões, capacitando-os a coletar recursos e utilizar os mesmo para criar itens. Apesar de outros MMORPGs também já possuirem sistemas semelhantes, devo ressaltar que o sistema do Dofus é realmente único e muito interessante.

Há também um ponto interessante no sistema de PvP que é o alinhamento. O alinhamento adiciona algumas possibilidades ao PvP, mas não é obrigatório.

Apesar de muitos jogadores investirem no PvP desde níveis baixos, alguns jogadores focam o PvM, Quests e Crafting.

O mundo de Dofus possui um mapa relativamente grande, muitas quests e calabouços. Capaz de proporcionar muitas horas de entretenimento leve, torna-se mais divertido quando jogado em grupo, e algumas características do jogo induzem os jogadores a fazê-lo.

Existem uma gama de servidores privados (lê-se piratas) onde você pode jogar de graça, pois o jogo original é dividido em zonas/features F2P, e P2P. Além disso esses servidores geralmente usam emuladores para a versão 1.29 do jogo, uma das mais populares e na minha opinião a melhor delas.

Sobrando tempo e faltando o que fazer, é uma boa opção.

Para os interessados, mais informações estão disponíveis em:


Grato pela atenção dos leitores, me despeço.